sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Economia x Meio Ambiente


Não objeto desse artigo ressaltar a figura do ativista ecológico, nem a do ativista de esquerda, mas algumas ponderações podem e devem ser feitas acerca do tema.
Primeiramente vamos pensar no sistema capitalista. Com essa crise que estamos vivendo podemos constatar o seguinte:
Para o sistema econômico funcionar a economia deve sempre crescer. Sempre trabalhar com perspectivas de crescimento pois se não há essas perspectivas não se investe e se não se investe não se contrata e isso vira uma bola de neve que paraliza, por assim dizer, todo o setor produtivo e também financeiro, o dinheiro parece que some, as pessoas compram menos e isso se reflete em nossos empregos e padrão de vida.

O raciocínio é bem simples: se a economia cresce é claro e notório que precisamos de mais materiais e energia para sustentar esse crescimento. Matérias básicas como petróleo, minério de ferro, usinas novas, etc. Tudo isso tiramos, de uma forma ou de outra, do Meio Ambiente.
As grandes realizações da humanidade, nossa sociedade avançada tecnologicamente como em nenhum outro ponto da história conhecida, milagres da medicina, multiplicação das colheitas, etc.

Várias áreas e mercados abertos e intrincadas relações comerciais e cambiais. Em tudo que temos e construímos deixamos a marca da grandiosidade do ser humano, porém em contrapartida, rios secaram, espécies se extinguiram, locais que antes existiam foram totalmente modificados, o clima, o céu, os mares, tudo mudou pela ação do homem (mais uma vez não me julguem como ativista ecológico), esses fatos são inegáveis.

Agora que temos nossa civilização ameaçada de extinção pelo aquecimento global, o medo começa a tomar conta do mundo.
Alguns diriam que a solução é mudar o sistema econômico. Mas não vejo essa mudança, pela própria dependência de nossa sociedade nesse sistema, sem consequências no mínimo, catastróficas.
Outras vozes falam sobre o desenvolvimento sustentável. Gosto da idéia e ela começa a pegar corpo, porém esse desenvolvimento só é viável até onde for viável economicamente, a economia vive de lucro e mais uma vez estamos presos dentro do ciclo econômico que, por enquanto, não podemos mexer.

Soluções a curto prazo

Já que não é possível e nem recomendável parar a economia temos outras alternativas paliativas. Desnecessário dizer que para fazer valer a maioria dessas alternativas, são necessárias decisões governamentais coordenadas em nível mundial.

Reciclagem:
Reciclar todos materiais possíveis. Isso diminuiria a carga de produtos extraídos da natureza e geraria um novo setor na economia, coisa que já esta sendo feita mas poderia ser incentivada por leis e cotas de produtos e materiais obrigatoriamente recicláveis.

Combustíveis Alternativos:
Álcool, hidrogênio, biodiesel, éolica, fotocélula tudo já está em desenvolvimento, mas ainda esses combustíveis respondem por pouco da energia utilizada no mundo. Com um desenvolvimento maior as emissões seriam reduzidas e a qualidade de vida teria certamente uma melhora, ou deixaria de piorar no mesmo ritmo. Cotas e incentivos à essas energias acelerariam o processo de implantação.

Controle de população:
Isso soa meio nazista mas é imprescindível, não um controle rígido como na China (onde aliás é necessário), mas com métodos de educação e conscientização. Esbarramos novamente na economia: Mais pessoas geram maior consumo e a economia cresce. Por exemplo poderíamos fazer com que os países miseráveis da África, Ásia e América Latina, aumentassem o padrão de vida da população que já possuem, com isso acabaríamos os problemas humanitários, superpopulação, e ainda teríamos bons mercados emergentes para crescimento da economia.

Para finalizar, penso que a nossa Economia é incompatível com o nosso Meio Ambiente. Temos alternativas que já estão sendo postas em prática mas elas, longe de ser uma solução, são um paliativo pois nosso meio de vida demanda crescimento e consumo, que mesmo sustentável tem que crescer e crescer até um dia não poder mais nos comportar dentro de nosso planeta. Resta saber se a humanidade vai se adaptar a mais essa mudança , se vai desaparecer ou renascer de um mundo que destruiu a si mesmo.

Alex Hammoud

quinta-feira, 27 de novembro de 2008



Esta é uma notícia interresante para todos áqueles que são fascinados pelas antiguidades Romanas...

As escavações arqueológicas na abandonada zona industrial da “Bonifaci Group”, revelaram uma sensacional descoberta: Partes de antiga estrada e um impressionante Mausoléu de mármore.

Em Setembro, quando o grupo de trabalho removia os antigos prédios na atual via Vitorchiano descobriu-se a antiga linha da Via Flaminia a sete metros de profundidade. Tão grande profundidade para os remanescentes dessa época deve-se as particularidades do solo na localidade. O local, de fato, fica muito próximo ao rio Tibre e sofreu inúmeras enchentes através dos séculos. Essa é a razão provável pela qual em 1500 d.c., foi a linha original da via movida para o oeste.
As maiores e, em certos aspectos, impressionantes entre as descobertas são os mármores perfeitamente preservados de um magnífico monumento funerário, escondido outrora por enchentes. O monumento simplesmente desmoronou por causa das chuvas e enchentes constantes, e acreditam os arqueólogos que possa ser facilmente reconstruído, uma vez que seus capitéis, colunas e paredes estão excelentemente preservados. Mas essa não é a única surpresa, pois através da epígrafia descobriu-se que o Monumento era dedicado a Marcus Nonius Macrinus, membro de uma das mais famosas e poderosas famílias romanas do século II d.c.


"Quanto à Marcus Nonius Macrinus, conhecemos muito sobre sua carreira militar" – disse Daniela Rossi, a Arqueologista responsável perante o Ministério da cultura da Itália, que relatou a descoberta. Disse ainda que já foram descobertas mais de dez inscrições com relatos sobre seus triunfos, a mais completa dentre elas em grego, na cidade de Eféso. Ele era originário de Brixia – atual Brescia, na Itália do norte, onde sua família era importante. Ele começou sua carreira militar sobre o Imperador Antonino Pio e seguiu durante o reinado de Marco Aurélio, e lutou com bravura nas campanhas contra os Quadi e os Marcomanos, que eram as tribos germânicas que haviam cruzado o Danúbio à época e preparavam-se para invadir a Itália.
Há dois anos foi descoberto os remanescentes de uma grandiosa Vila romana às margens do lago Garda, não muito distante da moderna cidade de Brescia onde a Tribo Fábia outrora reinava. Era aqui que Macrinus vivia com sua esposa Arria que pertencia a Tribo dos Arri (Obs: O Povo Romano/Italiano era dividido em tribos para propósitos administrativos e religiosos).

Macrinus era uma das mais importantes figuras de sua era e um amigo intimo do(s) Imperador(es). Sem dúvida era um dos homens sobre os quais recaia a responsabilidade de manter a segurança no império. Não obstante foi responsável inclusive pela construção de inúmeros e belos monumentos. Quando o irmão do Imperador Marco Aurélio; Lucio Vero, que co-reinava, morreu em batalha, Macrinus foi “escolhido entre os amigos mais íntimos”, nas palavras do próprio General, para ser um sacerdote no culto desse novo Deus Romano “Divus Verus”, espírito deificado do irmão do Imperador.

Quando Macrinus morreu, seu filho erigiu a magnífica tumba entre o rio Tibre e a via Flamínia, que cruzava os Apeninos até Rimini e que ele deve ter usado várias vezes em seu caminho para enfrentar os Quadi e os Marcomanos. Localizada a oito quilômetros e meio das muralhas de Roma, foi esta a área onde a família Fábia tornou-se importantes proprietários de terras.
Inclusive, foi esta figura histórica que inspirou Ridley Scott no seu famoso filme Gladiator (2000), mesmo que o nome tenha sido mudado para Maximus e interpretado por Russel Crowe.

Professora Rossi proclamou ser este “o mais importante monumento romano trazido à luz nos subúrbios de Roma dos últimos anos”, e juntamente à seus dez colegas de escavação diz estarem trabalhando contra o relógio para descobrir o que mais há abaixo do solo, preso na lama antiga e selada junto à tumba antes que novas enchentes inviabilizem o trabalho.

“A tumba foi destruída pelas enchentes do Rio, talvez alguma particularmente forte tenha derrubado as paredes, enfraquecido as fundações danificando as colunas, colocando abaixo toda a estrutura sepultando-a posteriormente sobre toneladas de lama ao longo do tempo”, disse a Professora Rossi”. “ Apenas começamos a descobrir o que realmente existe aqui embaixo, o tamanho da descoberta, mas ainda é muito cedo para definir a forma exata do monumento, inclusive se trata-se de uma única estrutura, duas ou muitas. Talvez encontremos até o sarcófago. É cedo ainda para dizer, inclusive, o tamanho total da(s) construção(ões), mas parece que enterrado na lama, existe um caminho de pelo menos 15 metros ladeado por colunas, então trata-se realmente de uma construção de tamanho considerável”.

Como e quando Marcus Nonius Marcrinus morreu? “. Nós não sabemos na verdade”, admitiu a Professora Rossi, “mas se conseguirmos encontrar as outras duas partes da inscrição que encontramos, talvez descubramos”.

O projeto dos arqueólogos responsáveis é desenterrar todo o monumento e se possível reconstruí-lo e criar um Museu no local para homenagear tão exaltada e importante personagem da história romana.

Marcus James

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

As Legiões Manipulares da República Romana (Séculos III a.c. à II a.c.) – 1ª parte




Quincux e o Triplex acies

A legião manipular era essencialmente designada para as batalhas campais. Sua organização peculiar permitia-lhe apenas uma formação, o Triplex acies com três linhas de infantaria pesada apoiando uma a outra para exercer a maior pressão possível sobre a linha inimiga. Os manípulos eram unidades entre 120 e 160 homens cada para os hastati e principes e 60 homens para os triarii e eram distribuídos pelo campo em quincux (forma de tabuleiro de xadrez). Entre dez e doze unidades de hastati; de principes e de triarii formavam uma legião e normalmente entre duas e quatro legiões formavam um exército; devidamente acompanhado por vários milhares de vélites, que eram infantaria ligeira e escaramuçadores, formados pelas classes menos favorecidas da sociedade romana.
Quando o exército encontrava-se próximo ao inimigo, as legiões marchavam em três colunas paralelas, os hastati à esquerda, os principes no centro e os triarii à direita. Para posicionar o exército em formação de batalha essas colunas giravam à direita para formar o dispositivo Triplex acies. Cada manípulo precisava posicionar-se cuidadosamente em relação aos manípulos vizinhos em sua própria linha e em relação aos manípulos nas outras linhas para assegurar que a linha de frente do exército fosse apropriadamente coberta e apoiada. Mesmo quando o exército estava acampado a poucos quilômetros do inimigo ele ainda assim marchava em três colunas até uma distância de 1,5 quilômetros ou menos da posição inimiga e somente então no ponto em que encontrava-se no flanco esquerdo girava a direita e assumia a formação do Triplex acies de frente para o inimigo. Era um processo demorado, mesmo para um exército bem treinado e experiente; a coluna inteira precisava parar e esperar até que cada unidade posicionasse-se de forma conveniente antes que pudesse mover-se novamente. Posicionar um exército formado por Legiões manipulares levava horas e requeria supervisão constante dos Tribunos. Se o inimigo ameaçava atacar o posicionamento do exército era coberto pela cavalaria formada pela “classe média alta” romana – os Éqüites, apoiada dependendo da gravidade da ameaça por unidades de velites ou extraordinarii - que eram destacamentos de escolta. Na maioria das vezes, entretanto, o inimigo estava ocupado demais formando as próprias linhas para representar uma real ameaça...

* Este é o primeiro texto referente a série em que pretendo explicar com alguns detalhes o funcionamento das Legiões Romanas. Era mister começar pela LEGIÃO MANIPULAR, uma vez que foi com tal dispositivo militar que Romanos enfrentaram os Cartagineses e esmagaram os remanescentes Reinos Helenísticos depositários das conquistas de Alexandre o Grande.

Marcus James

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A nova "Guerra do Paraguai"


Após a eleição do presidente Fernando Lugo, que usou como plataforma de campanha uma hipotética influência imperialista por parte do Brasil, reacendeu-se no povo paraguaio um adormecido nacionalismo Guarani, desde então temos visto uma sucessão de eventos preocupantes por parte de nossos vizinhos.

Tudo começou pelas declarações de revisão do valor da tarifa da energia de Itaipú vendida ao Brasil, tarifa que aliás consta em contrato assinado pelo Paraguai, passando pela questão dos brasiguaios (produtores brasileiros que vivem no paraguai, muitos com cidadania e com família paraguaias), continuando por manifestações com queima da bandeira brasileira e ameaças os direitos civis dos brasiguaios, até chegar num perigoso jogo que tenta denunciar as forças armadas brasileiras como invasoras do território paraguaio, no recente exercício que o Exército Brasileiro realizou na fronteira.


Coincidência ou não esse tardio resgate nacionalista do orgulho do povo paraguaio, coincide com a abertura de uma base militar americana e o estabelecimento de um escritório da CIA nesse país, com a ativação da 4º frota e com um processo eleitoral democrático no Paraguai, país que vem de uma tradição de conturbada política, e que os agentes da CIA podem muito bem ter tirado proveito para colocar alguém "suscetível" apoioado pela política externa da Casa Branca.



Tudo isso tem como pano de fundo uma disputa pelo controle de uma área estratégica e vital para a América do Sul: A tríplice fronteira. Tríplice fronteira que já foi acusada sem bases sólidas pela mesma CIA de ser uma região que financia o terrorismo e que tem a maior usina hidroelétrica do mundo, Itaipú, vital para o funcionamento do maior país da América Latina, o nosso Brasil. Brasil que aliás, acaba de descobrir grandes reservas de petróleo, reservas que podem credenciar-nos como um membro da OPEP, e sabe-se que ter dois membros do cartel dos produtores de petróleo tão perto de casa não seria algo de bom pra política externa da Casa Branca, já que os EUA são bem dependentes desse recurso. Essa incômoda dependência do petróleo é o calcanhar de Aquiles da política externa americana, já que o cartel da OPEP controla os preços, a produção e a distribuição do petróleo e nos parece que a capacidade de influência americana nos países do cartel, salvo a Arábia Saudita, sempre foi praticamente nula.



Vamos ver até onde vai a vontade americana através de seus títeres paraguaios, influenciados em seu redescoberto orgulho nacionalista contra os "imperialistas brasileiros" de controlar ou influenciar essa região, tentando fortalecer seu domínio estratégico da América do Sul, potencialmente ameaçado pela parceria Hugo Chaves/Governo Russo com sua base para bombardeiros estratégicos e pela parceria estratégica que se desenha entre Brasil e França, inclusive com os aviões franceses cotados pra reaparelhar a FAB, além da possibilidade do Brasil de tornar um dos grandes produtores de petróleo e membro da OPEP.



E vamos dar um viva aos militares que, apesar da fraca e covarde política de defesa, mostra que quem manda aqui é o Brasil, e torcer para que nosso governo endureça nas relações exteriores para não deixar ser solapada por agentes externos nossa influência na região.



Alex Hammoud

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O Desafio da Selva

Os problemas que o Exército Brasileiro enfrenta para garantir a segurança e integridade de nosso território nas Regiões mais valiosas e inexplicavelmente (??????) menos desenvolvidas de nossa PÁTRIA, podem ser vislumbradas nesse texto que transcrevo abaixo:

"1- O Desafio da selva

A Selva Amazônica contém cerca de um terço das florestas tropicais do planeta. É um verdadeiro "Oceano de árvores". vasto e perigoso. Ela é tão gigantesca na realidade, que cruzá-la equivale atravessar o Oceano Atlântico entre a África e o Continente Americano.
A extensa e densa floresta Amazônica é dotada de gigantesca malha hidrográfica, deficiente rede rodoviária, elevados índices de umidade, pluviosidade e risco constante de enfermidades tropicais, constituindo-se no principal óbice às operações logísticas, quer em operações, quer no apoio prestado às Organizações Militares sediadas na área. Não existe na face da terra nenhuma região tão inóspita e assustadora quanto a Selva Tropical.
A 8ª Região Militar (8ª RM) possui uma área de responsabilidade logística de mais de 1.500.000 Km2, o que representa, aproximadamente, 18% do território nacional. Nesse verdadeiro desafio de suprir suas Organicações Militares (OM) subordinadas, são empregados meios da Força Aérea Brasileira (FAB), além de balsas e viaturas orgânicas do 8º Depósito de Suprimento (8º D Sup).
As adversidades do ambiente influem diretamente no desempenho do homem e do material. A deteriorização dos itens de suprimento é uma ameaça constante e real que demanda a tomada de medidas especiais de preservação, tais como a realização de expurgos periódicos nos gêneros alimentícios, a climatização de depósitos e armazéns e a manutenção preventiva dos artigos estocados.
Além desses, outros desafios foram vencidos pela 8ª RM no ano 1997, a fim de proporcionar o apoio necessário às OM sob sua responsabilidade, tais como:
- criação do Hospital da Guarnição de Marabá, inaugurado em outubro de 1997;
- obtenção, distribuição e instalação de sete gabinetes odontológicos para as OM;
- reaparelhamento de consultórios médicos;
- obtenção e distribuição de dois módulos de embarcações táticas para o 2º Batalhão de Infantaria de Selva (2º BIS – Belém) e o 52º Batalhão de Infantaria de Selva (52º BIS – Marabá-PA);
- instalação de uma rampa, a fim de facilitar o carregamento e descarregamento, na Embarcação Logística e Flutuante Codajás;
- racionalização da distribuição de cotas de combustível às OM, proporcionando economia e permitindo o suprimento de gasolina até abril e óleo diesel até março de 1998;
- redução do índice de indisponibilidade de viaturas, por meio da utilização de verbas procedentes da Diretoria de Transportes;
- fosfatização de 1.880 armas das OM regionais no Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro, com emprego das aeronaves da FAB para o transporte;
- confecção de ração operacional alternativa, utilizando itens de alimentação existentes no comércio, com grande economia e excelente aceitação pela tropa nas manobras no Estreito de Breves e no Estado do Amapá;
- aumento da capacidade de estocagem das câmaras frias das OM mais distantes de Belém; e
- a utilização de aeronaves C-130 do Plano de Apoio Amazônico, para transportar suprimentos, e do C-95 do convênio com a FAB, para transportar equipes do Parque Regional de Manutenção/8 (Pq R Mnt/8), Hospital Geral de Belém (HGeBe) e Comissão Regional de Obras/8 (CRO/8), assim como realizar eventuais evacuações, de modo a atender toda a área de responsabilidade da 8ª RM.
2- O isolamento
Na área da 8ª RM, os mais importantes adensamentos populacionais estão nas margens das principais estradas e rios: Imperatriz (MA), Marabá, Altamira, Itaituba e Santarém, no Pará.
As condições climáticas, a precariedade das estradas, particularmente a Transamazônica, e as grandes distâncias fluviais a serem vencidas, tornam esse isolamento uma dificuldade a mais para a realização do apoio logístico.
3- Grandes distâncias
A infra-estrutura viária privilegia, tradicionalmente, os meios fluviais, os quais se apresentam como os mais viáveis para o apoio logístico às tropas de Macapá, Santarém, Itaituba e Altamira, aproveitando-se das rotas da rede hidroviária da Bacia Amazônica.
Suprir a tropa aquartelada no Oiapoque (AP) é um desafio especial. A atividade pode ser realizada por via marítima, subindo-se depois o rio de mesmo nome, ou, como atualmente é feita, pela combinação da via fluvial até Macapá, com a via terrestre de 620 Km através da BR-156, que liga aquela capital à cidade do Oiapoque, ou, ainda, por via aérea.
As estradas do sul do Pará, em teoria, viabilizariam qualquer apoio às tropas posicionadas ao longo da rodovia Transamazônica, ou seja, Marabá, Altamira e Itaituba. No entanto, a sua precariedade de tráfego nos períodos de chuvas dificulta sobremaneira o apoio logístico para essas duas últimas cidades, sendo necessário o emprego de meios fluviais do 8º D Sup e/ou aeronaves da FAB para o transporte dos suprimentos.
4- As Limitações dos meios de comunicações e de transportes
As comunicações em ambiente de selva sofrem efeitos das condições meteorológicas, tais como, chuvas torrenciais, umidade, calor e limitações proporcionadas pela escassez de estradas, pouca visibilidade pelo terreno ondulado em algumas áreas e pela vegetação densa.
No entanto, a 8ª RM teve a oportunidade de testar, com sucesso, alguns equipamentos de comunicações durante a "Operação Breves" e a "Operação Amapá", realizadas no final do ano de 1997.
Foram utilizados os seguintes equipamentos: TW 7.000; gerador solar de energia; gerador portátil; central telefônica automática; manipuladores telegráficos; conjunto rádio EB-11 ERC 131/TPX720, para ligação terra - avião, mantendo contato com aeronave militar a 50 Km de distância, estando a mesma a 1.000 pés de altitude; TW 2.000 (veicular); KENWOOD com LAPTOP ou DESKTOP; integração rádio-fio (IRF); e utilização da estação-rádio de Breves para a transmissão de mensagens pré-estabelecidas.
A questão dos meios de transportes a ser utilizados nos deslocamentos de grande envergadura está intimamente ligada ao isolamento das unidades a ser apoiadas, ao volume do material a transportar e a rapidez que se deseja. Pode-se afirmar que a malha fluvial da Amazônia Oriental atende as necessidades de vias de acesso de grande porte para a realização do apoio logístico. No entanto, apesar de ser significativa, a malha rodoviária é de baixa qualidade, particularmente nas BR-230 e 156, durante os meses chuvosos.
Com isso, cresce de importância a manutenção das viaturas, o emprego das balsas e da FAB, para que o apoio logístico possa sempre chegar à ponta da linha.
5- Apoio às populações civis e indígena
O Exército, por intermédio de suas organizações militares (OM) distribuídas ao longo das fronteiras, dos principais rios e das rodovias, presta apoio fundamental a comunidades civis e indígenas.
A 8ª Região Militar auxilia essa atividade, proporcionando condições de funcionamento aos hospitais de guarnição e aos postos de saúde, tanto em pessoal como em equipamentos e medicamentos.
Com a participação da Região, as OM têm condições de prestar apoio realizando diversas operações do tipo Ação Cívico Social (ACISO) e campanhas conjuntas com as Prefeituras das diversas cidades, em atendimentos especializados no campo de saúde médica, odontológica e laboratorial, com o objetivo de elevar o espírito comunitário entre o Exército e a comunidade municipal.
Estas atividades são bastante comuns, particularmente, nas Organizações Militares mais isoladas como, Santarém, Itaituba, Altamira e Clevelândia do Norte."

Por incrível que pareça...

São Paulo, 19 de Novembro de 2.008



Quem diria! Minha primeira postagem...



Com poucas palavras deixo apenas esta bela imagem de um Messerschmidt Me-109...



Grande empreendedor esse Willy....



Na minha opinião o mais consistente caça alemão da II Grande Guerra.

Pedra Fundamental


Primeiro Post do novo Blog da A.B.E.R.H. - Associação Brasileira de Estudos e Recriação Histórica.
Espero que essa seja a pedra fundamental de nossos projetos de divulgação e estudo dos temas históricos, principalmente no contexto militar. Sejam todos benvindos, calaboradores serão aceitos no devido tempo.

Alex Hammoud